É muito bom ter amigos que compartilham alegrias simples do dia a dia. Resolvi iniciar a "conversa" aqui. Por enquanto, vou ser eu a protagonista principal. Não é bem o que eu queria; gosto de saber -e participar- do que outros vivem. Experiências trocadas são sempre preciosas para um enriquecimento interior. Aproveito o espaço para que seja um momento de colocar o foco no que foi (e continua sendo) a raiz de minha personalidade: os antepassados, a herança genética recebida e transmitida.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Uma palestra na TV Canção Nova

Hoje assiti uma palestra de Padre Ricardo, reitor do seminário de Cuiabá. Sempre que o vejo falando na TV Canção Nova, paro para assistir porque sei que vai ser um momento de crescimento. Ele falou sobre o “mandamento novo “ trazido por Jesus; ou melhor, renovado, melhor explicado e, sobretudo, colocado como “peça importante para a verdadeira felicidade”. Já no Antigo Testamento os israelitas conheciam o “Amar a Deus e ao próximo”, mas, Jesus deu uma luz diferente nesta ordem.
Na última noite em que esteve com seus amigos Ele disse: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Estas palavras: mandamento, felicidade, “como eu vos amei”...O quanto tudo isto precisa ser melhor entendido!!!
Mandamento: aquilo que é “mandado” por Deus. Não que seja obrigado, mas, sem o quê, a criatura não percebe a alegria plena, a felicidade plena. Está sempre “em busca”, “insatisfeita”, “procurando em coisas ou pessoas” a satisfação de sua pseudo necessidade.
...como eu vos amei : isto é, até o fim, dando a vida, morrendo para dar a vida. “Dar a vida?” Como assim? Que vida? Claro, todos estamos vivos, já temos vida. Mas, a Vida da qual Ele fala é a “participação na vida de Deus”, ou seja, a alegria perfeita, a felicidade real.
E de que modo se recebe este presente? “Morrendo” para si mesmo, (olhos e atenção vivendo no outro que está ao lado). Amando, amando... Ah, mas, não sinto nada pelo outro...Melhor ainda. O amor não é questão de sentir; é uma decisão de atuar visando o bem do outro. Morrer para si mesmo tem uma série de decisões: ver o positivo nas situações, “morrer para suas idéias” - numa discussão, não brigar para ter a última palavra, sofrer em silêncio ao ver que não há modo de se fazer entender...para que a discussão não termine em briga- E...muitas mais semelhanças com a personalidade do Cristo.
Padre Ricardo fala sobre um telefonema que recebeu de um seu aluno do seminário. De outra cidade este liga querendo partilhar um acontecimento:
-Padre, lembra-se que eu sentia uma tristeza, um ressentimento em relação a uma pessoa que me prejudicou? Pois, depois que falamos que os ressentimentos prejudicam a nós mesmos, resolvi ir até aquela pessoa e...lhe pedir perdão...
- Você que era o prejudicado?!!
- Pois, nos abraçamos, nos reconciliamos.
- E o que foi que você sentiu?
- À noite quando fui dormir, senti uma sensação de paz estranha: era como se eu estivesse abraçando Jesus na cruz... Era vivíssima a impressão de ter compreendido a felicidade, para os homens, que se originou no sofrimento de Jesus na cruz...
Este “caminho” sugerido por Jesus é para ser trilhado aqui nesta terra. A sensação de já viver no Paraíso também é para desde já. É como experimentar agora a felicidade que vai ser na outra dimensão. Mas, conseguir um modo perfeito, espontâneo, sem reclamar dos espinhos... Aí, então... demanda algum esforço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário