"As Exigências do Silêncio"

Do livro de Anselm Grun-

No livro é tratado como os monges colocavam o hábito do Silêncio nos seus programas de crescimento espiritual. O Silêncio é um recurso na luta contra as atitudes falhas.
... Não é uma renúncia passiva às palavras, mas sim um ataque ativo contra emoções e agressões que sentimos em nós.
Um dito dos padres (os santos padres do início do cristianismo; padres, no sentido de pais) nos mostra como pode ser superado o vício da cobiça. O hábito entre os ocidentais de pechinchar, por ex.: o monge pergunta o quanto deve pagar; e paga o que lhe é pedido. Não porque tem muito, mas, para treinar a luta contra sua cobiça. Paga em silêncio.

O Silêncio não elimina a cobiça, mas, a reprime, não permite que transpareça. Em silêncio os monges lutam com sua cobiça e a vencem.

Algo semelhante se dá com nossas emoções, que sempre de novo se manifestam dentro de nós justamente quando os outros nos tratam injustamente. O silêncio ajuda a lidar com as emoções.

...De alguém que sempre era injuriado por causa de sua cor negra, conta-se:

...Os monges, querendo "pô-lo à prova", numa reunião, trataram-no como um "joão ninguém" e disseram: "Para que este etíope em nosso meio?" Ele ouviu isto em silêncio.
Após a reunião, disseram-lhe: "Abade, não ficaste irritado?"
"Sim, fiquei, mas não soube o que dizer".
Ele percebeu, portanto, que não havia chegado ainda ao ponto de não se irritar, mas, permanecendo em silêncio, ele combateu sua irritação. Escapa ao perigo de criar uma grave confusão por não controlar sua palavras.

Este Silêncio não é um deixar-se roer por dentro, que mais tarde pode levar a perigosas explosões das agressões represadas, mas é um meio de enfrentar a excitação interior e de curá-la.

Só quando o silêncio leva também a um silêncio interior é que ele é proveitoso.
Do contrário, pode facilmente resumir-se a uma fachada externa, ao silêncio do orgulhoso que se acha melhor do que os outros, ou ao silêncio do ofendido que remói calado a ofensa que sofreu.

Só aquele que consegue lidar com suas emoções e agressões é que é capaz de praticar o silêncio interior.

"Mas, para chegarmos a ele é um longo caminho, e dificilmente haverá quem atinja a meta nesta vida..."

Aprendendo com outras filosofias.

Hoje – Seicho-N0-Ie
Quem é pobre traz em seu interior a causa que provoca sua pobreza. Na Seicho-No-Ie essa causa interior é chamada “pensamento” e a força desse pensamento acumulada no subconsciente chama-se “acúmulo” (corresponde ao “carma” do budismo”)

E esse “acúmulo” é que está projetado e manifestado atualmente na situação de nossa vida como riqueza ou pobreza e na nossa condição física como saúde ou doença
...
descobriu-se que existe um método para transcender as causalidades através da compreensão da Verdade.

...não há outro meio de se livrar da grande lei de causa e efeito, a não ser pelo despertar para a Verdade e da conseqüente projeção dessa mente desperta
Despertar para a verdade de que o “Jisso” (palavra japonesa que significa “essência” ) de sua vida é
Filho de Deus
Filho de Buda
Natureza divina
e que...através desse despertar são transcendidos os carmas do passado.
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Falando de outro ponto de vista, outra filosofia bem semelhante:

O que está acontecendo hoje em nossa vida é produto de acúmulo de pensamentos:
Pensamento-------pensamento-------pensamento-------: pensamento materializado

Não há outro meio de se livrar da grande lei de causa e efeito
a não ser pelo despertar para a verdade de que “a essência de minha vida é divina”.

Se faço um treinamento diário (de alguns minutos) “olhando” para esse ponto interior, resulta que me convenço de que minhas ações convergem sempre para um Bem
O ponto interior divino em mim
decide, escolhe sobre o que é melhor

Falando como cristãos:-convencer-me de que Deus me ama = existo, sou mantida viva, respiro, penso, me movimento porque Ele me mantém, Ele é meu criador e como meu criador, como Vida, está em mim, organiza todo o meu ser, todas as minhas células constantemente.

Carregando "pedras"

Quando se faz um trabalho produtivo, parece que todo o ser ganha uma satisfação que traz alegria, sentimento de realização íntima, assim como se estivesse sendo parabenizado por si próprio.

Não é o que acontece nesta época em que se deve enviar aos "órgãos competentes do Governo" a "súmula" do que se construiu durante o ano. As "teias" (como de aranhas) exigidas são tantas e tão diversas que o gasto de energia deixa um rastro de tristeza, enfraquecimento físico e mental.

Os contribuintes, sem excessão, são vistos como "possíveis" falsários...E a conta disso vai para todos. O trabalho parece ser: provar que se é honesto!!!!

Foi-se o tempo em que tudo o que se dizia era tido como verdade. E...era verdade, mesmo. Nem se pensava em dizer o contrário dela. Corrupção? Esta palavra nem era conhecida...

O que aconteceu??? Dá a impressão de estar sendo acordado (ainda dentro) de um sonho mau, de um pesadelo...

!?!?!?