Hoje assiti uma palestra de Padre Ricardo, reitor do seminário de Cuiabá. Sempre que o vejo falando na TV Canção Nova, paro para assistir porque sei que vai ser um momento de crescimento. Ele falou sobre o “mandamento novo “ trazido por Jesus; ou melhor, renovado, melhor explicado e, sobretudo, colocado como “peça importante para a verdadeira felicidade”. Já no Antigo Testamento os israelitas conheciam o “Amar a Deus e ao próximo”, mas, Jesus deu uma luz diferente nesta ordem.
Na última noite em que esteve com seus amigos Ele disse: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Estas palavras: mandamento, felicidade, “como eu vos amei”...O quanto tudo isto precisa ser melhor entendido!!!
Mandamento: aquilo que é “mandado” por Deus. Não que seja obrigado, mas, sem o quê, a criatura não percebe a alegria plena, a felicidade plena. Está sempre “em busca”, “insatisfeita”, “procurando em coisas ou pessoas” a satisfação de sua pseudo necessidade.
...como eu vos amei : isto é, até o fim, dando a vida, morrendo para dar a vida. “Dar a vida?” Como assim? Que vida? Claro, todos estamos vivos, já temos vida. Mas, a Vida da qual Ele fala é a “participação na vida de Deus”, ou seja, a alegria perfeita, a felicidade real.
E de que modo se recebe este presente? “Morrendo” para si mesmo, (olhos e atenção vivendo no outro que está ao lado). Amando, amando... Ah, mas, não sinto nada pelo outro...Melhor ainda. O amor não é questão de sentir; é uma decisão de atuar visando o bem do outro. Morrer para si mesmo tem uma série de decisões: ver o positivo nas situações, “morrer para suas idéias” - numa discussão, não brigar para ter a última palavra, sofrer em silêncio ao ver que não há modo de se fazer entender...para que a discussão não termine em briga- E...muitas mais semelhanças com a personalidade do Cristo.
Padre Ricardo fala sobre um telefonema que recebeu de um seu aluno do seminário. De outra cidade este liga querendo partilhar um acontecimento:
-Padre, lembra-se que eu sentia uma tristeza, um ressentimento em relação a uma pessoa que me prejudicou? Pois, depois que falamos que os ressentimentos prejudicam a nós mesmos, resolvi ir até aquela pessoa e...lhe pedir perdão...
- Você que era o prejudicado?!!
- Pois, nos abraçamos, nos reconciliamos.
- E o que foi que você sentiu?
- À noite quando fui dormir, senti uma sensação de paz estranha: era como se eu estivesse abraçando Jesus na cruz... Era vivíssima a impressão de ter compreendido a felicidade, para os homens, que se originou no sofrimento de Jesus na cruz...
Este “caminho” sugerido por Jesus é para ser trilhado aqui nesta terra. A sensação de já viver no Paraíso também é para desde já. É como experimentar agora a felicidade que vai ser na outra dimensão. Mas, conseguir um modo perfeito, espontâneo, sem reclamar dos espinhos... Aí, então... demanda algum esforço.
Curso de Oratória em Salvador
Há 11 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário