À medida que passa o tempo vamos ficando mais silenciosos... As coisas não têm mais a mesma importância... Não há mais comparação, julgamento, decepção, expectativa... Os sofrimentos são semelhantes... as alegrias ...discretas...Os dias são todos abençoados, o sol bem recebido, a chuva também. Mas, as pessoas... Ah, são tão diferentes umas das outras.
É que agora se pode ver melhor alguém “por dentro”, “na alma”... Pode-se perceber a ação do Criador nas suas criaturas! Isto vale pelos anos vividos!
Numa lanchonete, uma mãe tomava sua refeição numa mesinha. Tinha um nenê em um braço e usava a mão livre para segurar o copo de suco. O nenê bem pequenino “15 dias, disse ela”- dormia tranquilo. Que história teria aquela mulher para contar? Era possível ver que estava sozinha, seus “problemas” só ela mesma resolvia. Simples, pouca conversa, mas, era possível perceber naquela cena todo o cuidado, pela tranqüilidade do nenê dormindo placidamente, bem agasalhado, aconchegado carinhosamente.
Na mesma lanchonete, de pé, uma moça que “passou do limite na balança”, olhava os doces na vitrine - (que luta em seu interior – por que não experimentar...só experimentar...) Dizem os entendidos que “fome de doces” é o mesmo que dizer: “fome de afeto”, “sensação de estar descontente consigo”, sentimento de rejeição , procurar se colocar “no padrão” que alguém estabeleceu...
Muita coisa acontece ao nosso redor... É preciso “ter olhos para ver” , “sentidos para perceber”... e... caridade para sentir-se irmão...
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