Para quem já viveu dois terços de século, é possível avaliar as mudanças que aconteceram neste período.
O foco principal: a comunicação entre as pessoasA atitude dos jovens de
falta de preocupação com “o outro” tem origem na atitude dos pais e educadores, - dos adultos – de quem receberam o exemplo.
Ou melhor, o ambiente em que viveram na infância “serviu de berço” para a “criação” de uma couraça nos sentimentos.
Mãe cuja preocupação maior foi a sua “realização”- como pessoa, como profissional, lutando por um lugar antes prioritário dos homens na sociedade. Ou, se não lutando, aceitando, resignadamente, a situação frustrante de um casamento onde suas aptidões ficavam em segundo plano. - E as crianças percebem de um modo inconsciente esta situação-.
O Pai – no papel de “provedor”, nem sempre uma escolha sua, colocando a atenção no dinheiro; pouco de tempo restava para “conhecer” – ou reconhecer - os filhos.
E estes, carentes, procurando de algum modo uma “acomodação” para minimizar a falta de uma base mais segura para a construção da própria personalidade...
Disso tudo, para chegar o jovem a uma atitude egocêntrica de
“busca do próprio prazer”, onde o personagem principal – e único – é ELE mesmo. Nem consegue perceber que não é feliz, que o vazio interno continua. (só que agora não é estranho, faz parte da sua vida)
Mas.......estranha, sim, é a atitude daqueles que deram o exemplo. Continuam também na mesma “procura” do Bem, da Felicidade, só que em lugares diferentes: os bares, as viagens, o consumo, as festas, os “amigos”.
- E os filhos? “Ora, eles tem as suas próprias vidas... seus próprios “interesses”, afinal eles merecem ser independentes, não é? “ (!!??)
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