Nem deveriam ser chamados "novos". E, sim, "terríveis"...
Circulam pela internet mensagens de alerta para quem costuma ir ao cinema nos shoppings. "Desconhecidos" se aproximam dos jovens, na fila de entrada, e os cativam com uma conversa interessante: "onde você estuda? qual sua idade? gostaria de trabalhar na TV? claro, só para fazer propagandas, para começar... Vou dar o endereço para os testes...ou melhor, quer vir comigo agora? Vai ser mais rápido..."
Nem é bom dizer como pode terminar "esta novela".
Então, junto com o treinamento de "saber ver o outro", é preciso também "perceber o outro".
Olhando as formigas, no passeio com as crianças, pode-se fazer notar as mais "perigosas", aquelas que atacam, cujo ferrão tem um veneno. Pode-se fazer notar como os "lindos" bem-te-vis destroem seus filhotes que escorregam do ninho e não conseguem voltar. (a raça exige que se deve permanecer arisco, não ser uma presa de mãos humanas, nunca) Ver as nuvens mais escuras que mostram a mudança que vai haver no tempo - as chuvas se aproximam...
Enfim, o treinamento há de ser adequado ao momento em que se vive...
Há meio século as crianças (de dez anos) podiam ir sozinhas ao centro de São Paulo para comprar figurinhas para o álbum das coleções, na Rua Direita; ou simplesmente para andar de ônibus sem a companhia de qualquer adulto.
Era uma vitória quando voltavam para casa orgulhosas sentindo-se independentes, inteligentes, donas de si mesmas...
Nem pensar nisso agora... Os meandros mais torpes da mente humana desenvolveram junto a isso uma forma de vilependiar, destruir...
E a vitória da autosuficiência da criança ficou adiada para... (sem data prevista...)
Há de se encontrar momentos adequados, comunidades especiais, pessoas confiáveis para o treinamento de "fazer unidade com o outro".
Caso contrário, seremos uma sociedade de egoistas, tristes psicóticos.
Ou sujeitos às intempéries das ruas, assustados, ou iludidos na experiência de uma felicidade utópica.
---------------------